Três áreas devem continuar com desempenho de negócios acima da média no Brasil, como já ocorreu no ano passado: tecnologia da informação, construção e varejo
Três áreas devem continuar com desempenho de negócios acima da média no Brasil, como já ocorreu no ano passado: tecnologia da informação, construção e varejo. A constatação é de Raimundo Godoy, sócio e diretor-técnico do Instituto Aquila, consultoria de gestão com sede nacional em Minas Gerais e internacional na Suíça.
“Os bons resultados do varejo decorrem dos programas compensatórios de renda, como o Bolsa Família, e do aumento real do salário-mínimo nos últimos anos. O aquecimento do comércio, por outro lado, se reflete positivamente sobre a área de serviços, como é o caso das empresas de TI”, salienta Godoy.
A expectativa é que o varejo cresça 6,3% em 2013, graças ao aumento de renda e a alta do consumo da classe C. Já a construção civil deverá crescer 4% este ano por conta dos incentivos como desoneração tributária e ampliação do crédito imobiliário federal.
A expansão da área de tecnologia pode variar entre 5 e 12%, impulsionado pelo crescimento do setor de serviços que deverá ampliar a demanda por soluções em tecnologia, como telefonia, transmissão de dados e arquivamento de informações.
Um dos destaques em alta tecnologia é a mobilidade, inclusive para o acesso à Internet. “O crescimento no mercado de smartphones tende a ser muito mais intenso do que o de computadores pessoais e notebooks.”
O consultor ressaltou, contudo, que somente um ritmo mais consistente de negócios na indústria elevaria o Produto Interno Bruto (PIB) além do registrado nos últimos anos. Em 2012, o comércio eletrônico, por exemplo, registrou alta de 29% segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). A construção civil cresceu apenas 1,4% no mesmo período de acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), mas a expansão no ritmo dos empregos formais chegou a 3%. O consultor ressaltou, contudo, que somente um ritmo mais consistente de negócios na indústria elevaria o Produto Interno Bruto (PIB) além do registrado nos últimos anos.