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Bancarização maior fez com que uso de outros meios de pagamento se intensificasse.

Quando um cliente entra em uma loja de departamento, logo se depara com uma vendedora pronta para enumerar as vantagens do cartão exclusivo da marca. Os ‘private labels’ —como são conhecidos — foram a aposta das varejistas, nos últimos anos. No entanto, o avanço da bancarização nas classes mais baixas e a abertura de novas unidades fez com que esses plásticos perdessem espaço para outros meios de pagamento. Para se ter ideia, no primeiro trimestre, o cartão Luiza representou 16% do total das vendas da Magazine Luiza. No mesmo período do ano passado, porém, foram responsáveis por 24%. A queda foi fruto do aumento da participação do crédito direto ao consumidor (CDC)e do conservadorismo na taxa de aprovação. O mesmo aconteceu coma Riachuelo que viu o cartão da marca perder a fatia detida de janeiro a março de 2012, de 50,4%, para 46,1%, neste ano.

A Marisa, no entanto, fez o caminho inverso. O private label da varejista ganhou participação — mesmo que mínima — ao passar de 44% para 44,2%. “Ao longo de 2012, a empresa investiu na fidelização do cliente.Antes, esses cartões eram oferecidos sem segmentação e a Marisa percebeu que tinha que recompensar o cliente”, diz Boanerges Ramos Freire, consultor em varejo financeiro. O especialista se refere ao Programa Amiga, cuja base de clientes cadastrados chega a 3 milhões e foi responsável pelo aumento nas vendas do cartão Marisaem7%.

No primeiro trimestre, a receita de intermediação financeira líquida dos cartões da loja aumentou 15,1% pelo salto da receitas nas vendas e pela redução dos custos de funding.Com isso, a carteira de recebíveis cresceu 21,5%, totalizando R$ 537,4 milhões.“A tendência é que as varejistas comecem a rever o produto e voltem a valorizá-lo, porque não é meramente financeiro. Esses cartões ajudam no relacionamento com os clientes”, diz Freire.

Alexandre Ribeiro, sócio da Cosin Consulting, concorda. “Um dia, essas lojas podem obter a mesma relação que os clientes têm coma Apple e a Samsung. Eles são torcedores dessas marcas, bem diferente do que é oferecido hoje por essas varejistas que não passa de uma commodity”, acrescenta.

No caso das Lojas Renner, o resultado de serviços financeiros, no primeiro trimestre, atingiu R$ 47,6 milhões, ficando 16,3% acima dos R$ 40,9 milhões do mesmo período do ano passado. O avanço é fruto da emissão de cartões da marca que, em março, somavam21,1 milhões. Este total representou uma participação de 49,9% nas vendas de mercadorias de janeiro a março ante os 51,2% no primeiro trimestre de 2012. O tíquete médio do cartão Renner aumentou de R$ 138 para R$ 146,91.

Segundo o analista Carlos Daltozo, do BB Investimento, as parcerias das varejistas com os bancos devem diminuir cada vez mais. “Os bancos passaram por um ano difícil com inadimplência, maior competitividade e queda dos juros. Por isso, estão atrás de uma maior eficiência operacional e não cabe esse tipo de cliente”, afirma. O Itaú, por exemplo, se desfez de centenas de parcerias, no ano passado.

 

Fonte: New Trade

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Três áreas devem continuar com desempenho de negócios acima da média no Brasil, como já ocorreu no ano passado: tecnologia da informação, construção e varejo

Três áreas devem continuar com desempenho de negócios acima da média no Brasil, como já ocorreu no ano passado: tecnologia da informação, construção e varejo. A constatação é de Raimundo Godoy, sócio e diretor-técnico do Instituto Aquila, consultoria de gestão com sede nacional em Minas Gerais e internacional na Suíça.

“Os bons resultados do varejo decorrem dos programas compensatórios de renda, como o Bolsa Família, e do aumento real do salário-mínimo nos últimos anos. O aquecimento do comércio, por outro lado, se reflete positivamente sobre a área de serviços, como é o caso das empresas de TI”, salienta Godoy.

A expectativa é que o varejo cresça 6,3% em 2013, graças ao aumento de renda e a alta do consumo da classe C. Já a construção civil deverá crescer 4% este ano por conta dos incentivos como desoneração tributária e ampliação do crédito imobiliário federal.

A expansão da área de tecnologia pode variar entre 5 e 12%, impulsionado pelo crescimento do setor de serviços que deverá ampliar a demanda por soluções em tecnologia, como telefonia, transmissão de dados e arquivamento de informações.

Um dos destaques em alta tecnologia é a mobilidade, inclusive para o acesso à Internet. “O crescimento no mercado de smartphones tende a ser muito mais intenso do que o de computadores pessoais e notebooks.”

O consultor ressaltou, contudo, que somente um ritmo mais consistente de negócios na indústria elevaria o Produto Interno Bruto (PIB) além do registrado nos últimos anos. Em 2012, o comércio eletrônico, por exemplo, registrou alta de 29% segundo a ABCom (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico). A construção civil cresceu apenas 1,4% no mesmo período de acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), mas a expansão no ritmo dos empregos formais chegou a 3%.  O consultor ressaltou, contudo, que somente um ritmo mais consistente de negócios na indústria elevaria o Produto Interno Bruto (PIB) além do registrado nos últimos anos.

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Os hardwares (TV, DVD e Home Theater) tiveram, entre 2010 e 2012, uma queda de preço três vezes maior do que a observada nos softwares (filmes/mídias) vendidos no Brasil. Essa é uma das conclusões do estudo realizado pela GfK –empresa de pesquisa de mercado– que foi divulgado na segunda etapa da 9ª Conferência Anual GfK Consumer Choice “Tecnologia e Entretenimento no Brasil – O que Busca o Consumidor Brasileiro?”. A auditoria mostra que, para viver a experiência da tecnologia 3D em 2010, o consumidor brasileiro precisava desembolsar R$ 6.000 com TV 42’’ 3D, Blu-Ray 3D e um filme 3D. O valor desse pacote caiu pela metade em 2012: R$ 3.000.

“Quando analisamos a erosão de preços de cada um desses itens, fica claro que quem está puxando o preço para baixo é principalmente o televisor – com erosão de 57% – e o Blu-Ray – com queda de 54%. O valor da mídia caiu apenas 17%”, explica Gisela Pougy, Diretora de Unidade deNegócio da GfK.

Segundo ela, a limitação de títulos disponíveis também provoca um avanço menos acelerado das mídias no Brasil em relação aos equipamentos. Para se ter uma ideia, dos 3 mil títulos Blu-Ray disponíveis, apenas 129 são 3D. Já os títulos para DVD convencional somam 27 mil.

 

Hardware X Software

A análise da GfK revela que os filmes destinados a Blu-Ray 3D (que tiveram erosão de -17% entre 2010 e 2012), passaram de R$ 99 a R$ 82. Para migrar de uma mídia convencional (o DVD convencional que hoje custa em média R$ 22) para o Blu-Ray, o consumidor precisa desembolsar 145% a mais ou R$ 30. Porém, se ele quiser adquirir um Blu-Ray 3D, o custo será de 270% a mais ou R$ 60. Em países da Europa, como França, Espanha e Alemanha, a diferença de preço entre um DVD comum e um Blu-Ray não passa de 60%.

Nas TVs de Tela Fina a erosão no preço entre 2010 e 2012 foi de -57% para modelos LED 3D 42’’(principal tamanho de tela do mercado), com custo médio atual de R$ 2.049. Para adquirir uma TV desse tipo e abandonar a TV LED convencional o consumidor precisa pagar 20% a mais ou R$ 300.

Entre 2010 e 2012 é possível constatar a forte erosão no preço do DVD Player (-54% custando R$ 119); Blu-Ray Player (-49% sendo vendido por R$ 299); e Blu-Ray Player 3D (-54% a um preço médio de R$ 479). O valor incremental de um DVD Player para um Blu-Ray Player, caso o consumidor queira fazer essa troca, é de 300% ou R$ 360.

A erosão muito mais acentuada nos equipamentos se repete nos Home Theater: entre 2010 e 2012 houve queda de -35% nos preços do HT convencional; -73% no HT Blu-Ray; e -49% no HT Blu-Ray 3D. Para migrar de um HT convencional para um 3D é preciso pagar mais 150% ou R$ 780. O estudo mostra ainda que 32% do faturamento com as vendas de Home Theater no Brasil foi pela tecnologia 3D. “O consumidor quer ter a melhor experiência de áudio e vídeo quando procura um Home Theater, por isso investe em uma tecnologia mais elaborada”, explica Gisela.

No acumulado de vendas entre dezembro de 2009 até dezembro de 2012, o país já soma 1,7 milhão de televisores 3D sendo apenas 400 mil Blu-Ray Players 3D , 280 mil Home Theaters 3D e 330 mil filmes 3D.

 

TVs Conectadas: 21% das vendas

A auditoria da GfK mostra que de todas as TVs vendidas hoje no Brasil, 21% têm acesso àinternet. Para migrar de uma TV LED para uma LED com acesso à internet 42’’ o consumidor desembolsa apenas 10% a mais ou R$ 170, o que facilita a expansão das TVs conectadas.

 

Hábitos de compra

Em outubro de 2012, a GfK realizou uma pesquisa com o consumidor que revelou os produtos mais presentes nas residências: televisão, celular e computador. Os itens que predominavam nas intenções de compra para os próximos 6 meses eram tablet,notebook e televisores. Home Theater e Blu-Ray, além de terem baixa penetração entre os consumidores, não figuraram entre os itens mais desejados.

“A pesquisa mostrou que, na hora da compra do televisor, o consumidor desejava, em primeiro lugar, aquele com melhor resolução de imagem. No home theater, o consumidor desejava como principal atributo de compra ter entrada USB apareceu como fator essencial na decisão de compra, o que mostra a intenção de baixar conteúdos da internet para conectar à TV ou ao computador. Já para comprar o Blu-Ray o consumidor exigia que o aparelho lesse todos os formatos de vídeo, o que indica também a intenção de praticar a pirataria”, avalia Gisela.

 

Fonte: Giro News

HelloFood Brail

 

 

A Rocket Internet lança o HelloFood. O serviço, já presente em 30 países, tem como objetivo conquistar a liderança no segmento com velocidade e tecnologia, como geolocalização, envio de SMS e pagamento via PayPal. O site pode ser acessado em três idiomas (português, inglês e espanhol). Até o final de abril, a empresa planeja estar em três grandes capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte (MG). “Nossa meta é disponibilizar aos clientes mais de 3 mil restaurantes até o final do ano”, afirma Marcelo Ferreira, que divide a presidência com Victor e Emerson Calegaretti. O HelloFood já disponibilizou seu app, que permite acessar o serviço por dispositivos móveis e envia mensagens via SMS para que o cliente possa acompanhar o status do pedido.

 

Fonte: Giro News – Negócios de Trade

cursossebraeonline

O Sebrae-SP acaba de lançar o guia “Venda Melhor-Dia das Mães”, uma importante ferramenta de auxílio ao empresário que se planeja para aumentar as vendas no seu empreendimento, principalmente em eventos sazonais como o Dia das Mães, a mais importante data para os comerciantes depois do Natal. De dicas como organização da loja à importância do bom atendimento, o material, detalhado, ensina valiosas orientações ao varejista para evidenciar a empresa e os produtos gastando pouco ou ainda a custo zero – apenas usando e abusando da criatividade.

“Divulgar seu negócio é importante. O consumidor precisa saber que sua loja existe e o que oferece. Eventos sazonais, como o Dia das Mães, trazem desafios e oportunidades para o varejo e a demanda tem uma grande variação. É hora de aparecer para o público de uma forma mais ostensiva”, afirma o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.

O guia aborda temas como kits promocionais, parcerias com o comércio local, uso das redes sociais, embalagens e brindes, vale-presente, aperfeiçoamento de equipe e extensão de horários de atendimento, tudo para que o lojista possa vender mais nesta data. Para obter o guia, disponível na internet no endereço http://sebr.ae/sp/vendamelhormaes, o empreendedor deve se cadastrar no site ou ir pessoalmente aos escritórios do Sebrae-SP para retirar.

Para atrair mais clientes, o guia ensina de modo didático e com ilustrações tridimensionais, tudo o que deve ser aprimorado para tornar o ponto de venda mais atrativo ao consumidor. “Uma adequação do ponto de venda é bem-vinda. Se a loja estiver organizada e decorada conforme o evento, a possibilidade de atrair clientes aumenta. Adaptações no espaço físico podem evitar filas e facilitar a circulação de clientes”, acrescenta Bruno Caetano.

Dicas para o empresário

– Envolvimento com a comunidade: Participe dos acontecimentos do seu bairro/cidade. Sendo uma pessoa conhecida, você passará a ser “fulano de tal” da empresa X. A médio e longo prazo sua caixa registradora vai refletir sua popularidade;

– O cliente quer ser percebido e valorizado: seja exclusivo ao seu cliente, ouça-o com cuidado, identifique suas necessidades e demonstre interesse real em atender às suas demandas;

– Promova a data nas redes sociais. Escreva um texto sobre o Dia das Mães. Convide seus seguidores para visitar a loja virtual. Convide também para a loja física e dê uma senha para garantir um brinde ou um desconto especial;

– Mailing list/cadastro: Faça uma relação de clientes com fichas, cadernos ou no computador desde o inicio do negócio. A clientela cativa recomenda seu negócio espontaneamente. Quanto maior o cadastro, maior o lucro com a clientela cativa. Se ainda não fez, comece agora mesmo;

– Invista na vitrine: ela é elemento mais importante para atrair consumidores. Uma vitrine tem 30 segundos para provocar o interesse, despertar o desejo e levar à ação. Ouse na composição da vitrine, mas evite excessos para não gerar poluição visual;

– Planeje a localização dos produtos nas gôndolas, prateleiras, expositores, cabides, araras, ilhas e pilhas. Considere características físicas: tamanho, peso, cor, numeração e a necessidade ou não de cuidados especiais como refrigeração;

– Dê incentivos aos seus vendedores. Parta da ideia que é muito melhor vender mais e a empresa ganhar 90% do lucro, por exemplo, do que vender bem menos e ganhar 100%. Surpreenda sua equipe com incentivos extras, algo que não era esperado por eles;

– Brindes: Um brinde alegra, promove, facilita a venda e ainda faz o cliente carregar sua marca onde quer ele esteja. Oferte-os também como vantagem extra e dê desconto para compras acima de determinado valor. É uma ótima maneira de atrair mais clientes;

– Atendimento geral: Facilite a circulação dentro da loja. Organize a fila do pacote. Preocupe-se com o caixa. Não deixe nada para última hora. Faça um check-list dos equipamentos antes de abrir o estabelecimento.

 

Fonte: PDV News

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Ampliar as perspectivas além dos limites conhecidos do marketing pode beneficiar tanto a indústria quanto o varejo, que passarão a utilizar o trade e o shopper marketing como ferramentas estratégicas

Novo artigo de Adriano Amui, presidente do INVENT®, em parceria com Julio Gomes, Diretor da Kantar Retail, publicado na revista ESPM aborda a grande tendência do varejo mundial: SHOPPER MARKETING.

 

Clique e leia o artigo completo.
Novo Artigo: Shopper Marketing

 

Fonte: INVENT

NOTICIA-19290-1A Garoto já iniciou as ações do maior investimento em marketing da história da marca, um gol de placa que contará com um investimento de cerca de R$ 200 milhões em ações de mídia, redes sociais e desenvolvimento de novos produtos, além da exclusividade em venda de chocolates e sorvetes nos estádios durante a Copa das Confederações da FIFA 2013 e a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014TM.

Ação Promocional

Em março, a Garoto lançou a promoção “Vai Garoto, Achou Ganhou”. Nela, consumidores de todo o Brasil que encontrarem os bilhetes dourados no interior das embalagens de chocolates e sorvete da empresa, ganharão um par de ingressos para assistir a um jogo do Brasil na Copa das Confederações da FIFA. Os bilhetes premiados estão dispostos em caixas de bombons Garoto, tabletes Garoto, Talento, Serenata de Amor e Baton, sorvetes, coberturas profissionais, Bastões Baton, ovos de Páscoa nº 15 (sem brinquedo), 20 e 23. A promoção será válida até 20 de maio.

Tabela Perfeita

Maior fábrica de chocolates da América Latina, a Chocolates Garoto tem tudo a ver com futebol. “O Brasil pede que a seleção mostre o seu futebol garoto, trazendo irreverência, alegria, talento, dedicação, amor e diversão. Essas palavras são chave para a companhia, que reforça sua brasilidade sendo o chocolate oficial da Copa”, exalta o gerente executivo de Marketing da Chocolates Garoto, André Barros.

Ações Complementares

Entre as iniciativas, está o desenvolvimento de produtos exclusivos e o resultado já pode ser visto na Páscoa 2013, que conta com uma gama especial de lançamentos com o tema brasilidade e também com produtos relacionados à Seleção Brasileira, da qual a Garoto é patrocinadora. Os produtos da Garoto também vão vestir a camisa amarelinha a partir deste mês, quando embalagens tematizadas chegam ao mercado. Novos produtos também serão desenvolvidos ainda este ano.

 

FONTE: Giro News


As gôndolas cada vez mais cheias de produtos e os consumidores, saturados de opções, cada vez mais confusos em relação ao que comprar. O cenário, bastante atual, abre um imenso e potencial desafio às marcas: entender o shopper, para poder auxiliá-lo durante suas compras. Com este objetivo, cada vez mais, as empresas investem no chamado shopper marketing. A disciplina refere-se ao estudo do shopper, ou seja, da pessoa que realiza as compras. Esta pessoa pode, ou não, ser também o consumidor. Isso porque, em muitas situações, apenas compramos itens que serão consumidos por outras pessoas, como nossos familiares, amigos ou a equipe de trabalho.

O shopper marketing utiliza-se das ferramentas de marketing para atingir este comprador, tentar antecipar a sua decisão e, talvez, influenciá-la. Diferentemente da área de trade marketing, que volta-se mais ao sell in, o shopper marketing abrange ainda o sell out. Isso significa dizer que o foco da nova área não é só a venda de produtos da indústria para o varejo, mas tem como objetivo a relação do varejo com o comprador em suas diversas ocasiões de compra. Por isso, o entendimento do comportamento do shopper em cada uma dessas ocasiões, embora seja uma tarefa complexa, é extremamente importante. O trabalho da área shopper marketing tem ainda uma terceira preocupação, igualmente importante, que é agregar valor à marca e incentivar a compra por impulso, a partir das soluções de marketing.

Para não ficarmos apenas na teoria, podemos dar uma ideia sobre como a aplicação do shopper marketing é prática e real. Em uma iniciativa da marca Coca-Cola Brasil, uma pesquisa realizada para o desenvolvimento de uma nova solução para exposição dos sucos Kapo, focados no público infantil, identificou a dificuldade das mães em encontrar na loja os produtos para compor o lanche dos filhos. As compradoras reclamavam da distância entre os produtos que compõem o lanche, como biscoitos e sucos. Muitas vezes, elas precisavam caminhar várias vezes pelo supermercado, para encontrar o que precisavam.

A solução desenvolvida foi um rack modular personalizado com a marca e denominado “Área do lanchinho”. Neste equipamento, que poderia se adaptar ao tamanho e à área disponibilizados pelo varejo, foram expostos todos os produtos que fazem parte do lanche das crianças, facilitando as compras das mães e lembrando-as de outros itens que podem fazer parte desta lista. Além de um ponto extra de exposição destes itens, o resultado foi um incrível aumento das vendas destes produtos, elevando o tíquete médio da loja e a ativação da marca Kapo, como líder da iniciativa, sendo bem vista pelas mães.

Embora pareça algo simples, vale destacar que nenhuma marca havia tomado conhecimento deste problema anteriormente. E este é o grande diferencial do shopper marketing: entender as necessidades do comprador, de forma a minimizar dificuldades e tornar a compra mais agradável e objetiva, construindo valor e fidelização para a marca. Outras possibilidades trazidas pelo shopper marketing são as entregas em casa, as embalagens com porções do produto focadas em diferentes situações de consumo e outros tipos de exposições integradas e soluções inteligentes. A consequência precisa ser diminuir a distância entre a promessa, geralmente veiculada pela grande mídia, e a entrega, que acontece nos varejos.

Hoje, embora ainda de forma inicial, já vemos o desenvolvimento das áreas de shopper marketing nas grandes indústrias. Mas vale destacar que o varejo também pode, e deve, se utilizar desta disciplina na tentativa de gerar melhores soluções ao seu cliente. Em um País em que as compras por impulso têm taxas altíssimas, o shopper marketing consagra-se como uma excelente oportunidade para geração de valor e experiência de marca. Afinal, um consumidor informado é um shopper cada vez mais exigente, e para que as marcas se destaquem será necessário que sejam cada vez mais participativas e relevantes nos pontos de vendas.

Artigo de: Leonardo Lanzetta – http://www.cidademarketing.com.br

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Detectar e entender as aspirações humanas da sociedade pós-moderna e como essas motivações e desejos se refletem nos rituais de consumo não é tarefa fácil. O Observatório de Tendências Ipsos capta as tendências de consumo nas principais capitais do mundo, identifica e analisa movimentos e fenômenos observados em nível macroeconômico, político e social e seus reflexos no consumo, no comportamento, nas manifestações culturais, na arquitetura e na propaganda. 

Publicamos a seguir os sete perfis de consumo elencados pela empresa de pesquisa na íntegra. “As sete tendências revelam um mundo em busca de composição”, aponta Clotilde Perez, Coordenadora Geral do Observatório. Esta composição passa por um eixo formado por ambiguidade, leveza, sonsoralidade, por um mundo edulcorado e reticular. 

1. Go Bubbles
Tudo ao mesmo tempo e agora: a ideia quase mágica tornou-se uma condição para quem quisesse pertencer ao mundo globalizado. A ausência de limites tinha sua contraposição: se por um lado o indivíduo dispunha da possibilidade de acesso praticamente irrestrito às informações e contatos, por outro, ele também tinha que estar disponível e atento a tudo para poder acompanhar esse novo ritmo. Logo os efeitos colaterais começaram a ser percebidos. A percepção de excesso, a sensação de sobrecarga dava sinais desde as primeiras ondas do Observatório.

Hoje não há mais ambivalência: “o mundo é assim”. Ninguém mais se pergunta se é bom ou ruim ter internet, ter acesso à tecnologia… São as consequências do convívio com a primeira geração de nativos digitais!

Como a globalização e a vida sem fronteiras não foram alcançadas, o mood agora é considerar o mundo, mas não é necessário estar lá… O tempo agorista ainda é um valor. Mas a aldeia global adquiriu dimensões mais modestas, ainda que múltiplas. Estar “conectado” não significa, necessariamente, estar ligado a tudo o que acontece no mundo o tempo todo. Filtrar, selecionar e bloquear informações possibilitou limites. Conexão, interatividade, multiplicidade estão mais voltadas aos microcosmos, e são assim melhor administradas. Estas são as principais marcas da Tendência Go Bubbles “conexão no microcosmos”.

2. HiperSense
O desejo pela intensidade, surpreender e ser surpreendido, arriscar-se, ousar, sair do lugar comum, fazer algo diferente – peculiaridades tipicamente humanas – foram aguçadas pelos efeitos de massificação e da pouca diferenciação da era global.

Desde as primeiras ondas deste Observatório foram observadas diferentes formas de buscar uma emoção mais intensa: do desafio físico, que fazia subir a adrenalina nos esportes radicais, passando pelo exibicionismo, pelo voyeurismo, até a invasão do fetichismo.

Essas manifestações continuam, mas surgiram formas mais elaboradas de se fazer notar e de sentir. Muitas vezes associadas a mensagens edificantes: minar preconceitos, atenuar tabus, manifestar uma ideia… A ênfase agora está em despertar os sentidos de maneira inusitada, ilusionar, misturar, sobrepor os sentidos. Estas são as marcas da Tendência HiperSense “maximização dos sentidos”.

3. Venus Fever
A discussão sobre os papeis sociais tradicionais do homem e da mulher já não ocupa mais destaque. Nota-se que a questão saiu do debate público e está mais evidente no âmbito privativo – cada um se acerta com seus pares. Nas ondas anteriores, a mulher estava mais presa aos poderes que conquistou, enquanto o homem aparecia mais perdido, sem um papel muito definido. Estavam todos carentes de modelos. Neste momento fica evidente que há certa parceria e flexibilidade.

Um caminho sem volta. A mulher não será mais a antiga “Amélia” e não se sente mais tão ameaçada pela perda de suas conquistas. Pode transitar mais naturalmente entre possibilidades: ora ocupando uma posição de mais liderança, ora compartilhando, sentindo-se frágil e pedindo proteção, ou até mesmo servindo ao marido e aos filhos. Da mesma forma, o homem é também mais livre para circular: mais sensível, vulnerável, parceiro e também pode ser mais viril, rústico…

Hoje, é a ideia de “compor” está no centro das atenções. O caricato, em qualquer sentido que seja, não tem mais espaço. Estas são características da tendência Venus Fever “He, she, it: a composição como possibilidade”.

4. Living Well
Bem estar é o foco da tendência Living Well. Na onda anterior já observávamos a diminuição das cobranças e estávamos mais livres das exigências sociais, o que deu o tom do “bem estar possível”, com forte conexão extra-corpus.

Agora identificamos duas vertentes a partir de um conflito: Finitude ou Longevidade? “Tem que ser hoje, porque pode acabar amanhã. E tem que ser todo dia, porque pode durar 90 anos”. Diante dessa dicotomia evidenciamos por um lado forte valorização do momento presente. Cuidar de si é mais possível do que cuidar do planeta ou dos problemas de ordem mundial. Por outro lado, evidencia-se mais preocupação com o futuro, com manifestações de generosidade, de dedicação aos outros, de ajudar, contribuir… Afinal vamos viver muito… A linguagem edulcorada e a generosidade são algumas das marcas da Tendência Living Well “bem estar necessário”.

5. ID Quest
Nas ondas anteriores do Observatório, a tendência ID Quest revelava uma maior valorização da memória afetiva, dos registros pessoais e da busca por proteção nas redes de segurança tradicionais. Na atualidade ID Quest tem importante destaque: buscar as raízes para saber quem eu sou – e eu sou um mosaico.

Amigos pessoais são mais valorizados, mesmo que o contato com eles seja mais virtual do que físico. Momento de crise financeira também intensifica a necessidade de contatos mais sólidos e verdadeiros do que a ampla gama de desconhecidos. Sente-se também certo remorso, culpa por ter se distanciado durante certo tempo dos laços afetivos mais reais.

São evidentes manifestações claras de busca afetiva, como design de época, objetos do passado, colecionismo em alta, remakes de filmes e peças de sucesso, renascimento das mascotes de marca e criação de novas, valorização das histórias de vida, os pets e a sedução pela eternidade. Tudo em busca de uma relação mais emocional e mais afetiva como possibilidade de constituição da própria identidade, ainda que esta identidade se forme na composição.

É preciso respeitar o mosaico de si mesmo, privilegiar cada pedacinho de si. Essas são algumas das características da Tendência ID Quest “patchwork identitário”.

6. My Way
A tendência My Way apresentava-se em ascensão na onda anterior: a indústria a serviço da customização com possibilidades cada vez mais fáceis e acessíveis de se diferenciar; a indústria favorecendo a customização. Agora o foco passou a ser no indivíduo e em tudo que lhe agrada e singulariza. Não queremos apenas personalizar: somos autores-atores prontos para performar.

Agora, as manifestações de individualidade estão também expressas na relação com o outro, na co-autoria, nos processos de co-criation, na colaboração. O exercício da criatividade está na capacidade de transitar por vários estilos, atitudes e comportamentos. Ser único e ser múltiplo é o tom de My Way, “protagonismo e criatividade”.

7. Know Your Rights
É a mais atual das tendências. Vem crescendo em cada onda do Observatório. Alicerçada no paradigma contemporâneo “consumir é existir”, com ramificações para o consumo crítico, ético e sofisticado, esta tendência agora dá sinais de fusão entre os eixos “crítico” e “ético”: repudia-se tanto o excesso do capitalismo e das grandes corporações, quanto a forma de produção. E também não basta aderir a produtos éticos se o consumo for excessivo.

Ética e estética aglutinam-se: “é feio jogar papel no chão”. Festa do consumo responsável, dia sem compras, loja gratuita, são exemplos claros dessas misturas. As manifestações de insatisfação, repúdio e até vingança contra organizações e marcas proliferam-se na rede.

Na vertente da sofisticação do consumo, notamos sinais do surgimento de novos significados para luxo: momento de mais moderação e controle e atenção ao que se mostra. A ideia de excessos pode comprometer a imagem pessoal. Marcas de luxo voltam-se para o core business em busca de segurança e manutenção das vendas. Estas são algumas das evidências de Know Your Rights “Consumidores complexos e críticos”.

 

Fonte: Mundo do Marketing